Transporte público: tudo segue na mesma

Após quase dois meses do Tribunal de Justiça do Estado do Rio de Janeiro (TJ-RJ) suspender o atual edital da Licitação do Transporte Coletivo, devido o documento apresentar irregularidades que desfavorecia o direito de igualdade para todos os participantes do processo, a população de Campos ainda espera por transporte público de qualidade e melhorias no atendimento ofertado pelas empresas. A prefeitura recorreu da decisão, porém até agora não houve nenhum movimento quanto à mudança deste cenário. No último dia 26, o desembargador do TJ-RJ José Carlos Maldonado de Carvalho intimou que a Empresa de Ônibus Rosa Ltda, de São Paulo, que entrou com um Mandado de Segurança na 1ª Vara Cível do TJ-RJ contra a licitação para o Sistema de Transporte Coletivo de Campos, providenciasse em 48 horas a segunda via do mandado de segurança. A prefeita Rosinha já chegou a até falar em municipalizar o serviço.
— Todos os dias, temos que enfrentar pontos lotados, coletivos com grande aglomeração de pessoas, muitas dessas pessoas estão sendo transportadas em situações de riscos; passageiros disputando coletivos, usuários chegando atrasados em compromissos por conta de atrasos dos ônibus. Há anos estamos ouvindo que o transporte público terá melhorias, porém, até hoje nada foi feito para, pelo menos, amenizar os problemas — disse a vendedora Fernanda Ribeiro, de 34 anos.
O presidente do Sindicato dos Trabalhadoresem Transportes Rodoviáriosde Campos, Roberto Virgílio, destacou que as empresas ainda não puderam renovar às suas frotas porque as tarifas não são reajustadas há sete anos e que a maioria dos funcionários é desvalorizada pelas empresas ao longo dos anos. “Os trabalhadores de algumas empresas da cidade realizaram várias greves ou paralisações durante o ano. Isso mostra o descontentamento da categoria com as empresas”, relatou Roberto Virgílio.
Em nota, a assessoria de Comunicação da prefeitura disse que, o município de Campos está recorrendo da decisão que suspendeu o processo licitatório e aguarda manifestação da Justiça.

Dulcides Netto
Rodrigo Silveira
fonte folha da manha 

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